Você está no meio de uma prova ou treino e, de repente, as pernas ficam
pesadas, os pulmões reclamam e tudo o que você quer é desabar. O que
fazer?
Alguns corredores diminuem o ritmo e se sentem culpados e
frustrados ao cruzar a linha de chegada. Outros enfrentam a dor e
sobrevivem, com as pernas e os pulmões intactos.
que separa aqueles que desistem daqueles que vão em frente quando
bate o cansaço e o desconforto?
A americana Cindra Kamphoff, diretora do
Centro de Esporte e Psicologia da Performance da Universidade de
Minnesota (EUA), entrevistou maratonistas amadores de 24 a 59 anos com
tempos entre 2h38 e 4h45, para descobrir que obstáculos mentais eles
enfrentaram e como superaram cada um. As descobertas dela vão ajudar
você a continuar firme e correr o seu melhor, não importa se sua meta é
terminar uma maratona, uma prova de 5 km ou mais uma volta no
quarteirão.
Obstáculo 1: pensamento negativo
O principal obstáculo que os corredores de Cindra reportaram foram
pensamentos destrutivos e de angústia: “Como milhares de outros
corredores conseguem e eu não?” ou “Sério?
Treinei duro e estou aqui
tendo cãibras”.
“O pensamento negativo arruína nosso desempenho na
corrida porque não nos permite ver possibilidades ou nosso próprio
potencial”, diz a pesquisadora.
Também pode deixar a respiração
superficial, a frequência cardíaca acelerada ou os músculos tensos,
fatores que podem atravancar a corrida.
SUPERE - O segredo para administrar pensamentos negativos é reconhecer
que você tem o poder de silenciá-los, segundo Greg Chertok, psicólogo do
esporte em Nova Jersey (EUA). Nas suas corridas diárias, procure
prestar atenção em sua voz interior e, quando ela disser algo negativo,
use um mecanismo para interrompê-la — uma ferramenta que permita mudar o
foco para algo positivo.
Uma palavra de motivação ou música que
distraia ou algo corporal, como se concentrar na sua respiração ou na
movimentação dos seus braços, pode funcionar. Quando Jeff Weldon, 40
anos, de Minnesota (EUA), começou a fraquejar no km 37 de uma maratona
em 2012, ele se manteve positivo e sorrindo. “Parece bobo, mas
funcionou.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário