sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Vigorexia



A adicção ou dependência ao exercício, também chamada de Vigorexia ou Overtraining, em inglês, é um transtorno no qual as pessoas realizam práticas esportivas de forma continua, com uma valorização praticamente religiosa (fanatismo) ou a tal ponto de exigir constantemente seu corpo sem importar com eventuais conseqüências ou contra-indicações, mesmo medicamente orientadas.


É bastante curioso observar como as patologias mentais ou, no mínimo, os sintomas mentais evoluem e se transformam ao longo do tempo ou entre as diversas culturas, mostrando-se sensíveis às mudanças sócio-culturais. Observa-se que a prevalência das Doenças Mentais está absolutamente associada a uma época determinada e a determinados valores culturais.

A Vigorexia está nascendo no seio de uma sociedade consumista, competitiva, frívola até certo ponto e onde o culto à imagem acaba adquirindo, praticamente, a categoria de religião. A Vigorexia e, em geral os Transtornos Alimentares exemplificam bem a influência sociocultural na incidência de alguns transtornos emocionais.

Vigorexia ou Síndrome de Adônis

A escravização que as pessoas das sociedades civilizadas se submetem aos padrões de beleza tem sido um dos fatores sócio-culturais associados ao incremento da incidência dos Transtornos Dismórficos, sejam Corporais (associados à Anorexia e Bulimia) ou Musculares (Vigorexia).

O habitual desejável ao ser humano moderno é estar moderadamente preocupado com seu corpo, sem que essa preocupação se converta numa obsessão. O ideal desejável e sadio não é o padrão imposto pelas revistas de beleza e pelos modelos publicitários mas sim, estar satisfeito consigo mesmo e aceitar-se como é. Mas quem, na adolescência não se sentiu complexado alguma vez, ao menos pelo tamanho de seu nariz? Quem não sofreu com a acne na puberdade?

Tais complexos acabam gerando insegurança social, podem agravar a introversão e timidez. A atitude mais habitual, apesar de inocente, é acreditar que a timidez e insegurança sociais seriam resolvidas caso a pessoa fosse bela, forte, um modelo de homem perfeito, um corpo escultural. Nasce aí a obsessão de beleza física e perfeição, os quais se convertem em autênticas doenças emocionais, acompanhadas de severa ansiedade, depressão, fobias, atitudes compulsivas e repetitivas (olhadas seguidas no espelho) e que conduzem ao chamado Transtorno Dismórfico Corporal.

O termo Dismorfia Corporal foi proposto em 1886 pelo italiano Morselli.
Freud descreveu o caso do "Homem Lobo", uma pessoa que, apesar de ter um excesso de pelos no corpo, centrava sua excessiva preocupação na forma e tamanho de seu nariz.
Ele o via horrível, proeminente e cheio de cicatrizes.

Embora exista um grande número de pessoas mais ou menos preocupadas com sua aparência, para ser diagnosticado Dismorfia, deve haver sofrimento significativo e uma reiterada obsessão com alguma parte do corpo que impeça uma vida normal.
Quando esse quadro todo se fixa na questão muscular, havendo uma busca obsessiva para uma silhueta perfeita, o transtorno se chamará Vigorexia ou Transtorno Dismórfico Muscular.

A busca de um corpo perfeito e musculoso a qualquer preço começa, então, a ser tratada como uma patologia.
A Vigorexia, ou Síndrome de Adônis, é um transtorno emocional assim denominado pelo psiquiatra americano Harrison G. Pope da Faculdade de Medicina de Harvard, Massachusetts (veja a entrevista com Pope em Notícias PsiqWeb).

Os estudos de Pope foram publicados na revista Psychosomatic Medicine, e constaram da observação de adictos à musculação, e comprovaram que entre mais de 9 milhões de norte-americanos que freqüentam regularmente academias de ginástica, cerca de um milhão poderia estar acometido por este transtorno emocional.
A Vigorexia, como vimos pode ser sinônimo de Dismorfia Muscular (ou Transtorno Dismórfico Muscular) e não é casualidade que o nome Vigorexia rime com Anorexia.

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As duas doenças promovem a distorção da imagem que os pacientes têm sobre si mesmos: os anoréxicos nunca se acham suficientemente magros, os Vigoréxicos nunca se acham suficientemente musculosos.
Ambas podem ser consideradas como "patologias do narcisismo". Alguns autores já estão atribuindo o aparecimento da Vigorexia à moda e à um estilo de vida tipo "vigilante da praia".

Não se trata, simplesmente, de fazer exercícios para receber o diagnóstico de Vigorexia. Os exercícios orientados, com indicação médica ou terapêutica, recreativos e/ou de condicionamento continuam sendo muito bem vindos na medicina e na psiquiatria.

Entretanto, as pessoas que treinam exaustivamente, não apenas para se sentirem bem, mas para ficarem estupendos e perfeitos, são sérios candidatos ao diagnóstico de Vigorexia. Normalmente essas pessoas estão dispostas a manter uma dieta rigorosa, a tomar fármacos e a treinar duro para conseguir seu objetivo. Elas perdem a noção de sua própria corporeidade e nunca param ou ficam satisfeitos.

Os sintomas da Vigorexia se evidenciam pela obsessão em tornar-se musculosos. Essas pessoas olham-se constantemente no espelho e, apesar de musculosos, podem ver-se enfraquecidos ou distantes de seus ideais.
Sentirem-se assim "incompletos", faz com que eles invistam todas as horas possíveis em exercícios e ginásticas para aumentar sua musculatura.

Es difícil estabelecer limites entre um exercício saudável e um exercício obsessivo, mas é bom lembrar que os vigoréxicos, além da musculação continuada, comem de forma atípica e exagerada.
Esses pacientes se pesam várias vezes por dia e fazem continuadas comparações com outros companheiros de academia.
A doença vai derivando num quadro obsessivo-compulsivo, de tal forma que eles se sentem fracassados, abandonam suas atividades e se isolam em academias dia e noite.

Alguns vigoréxicos podem chegar a ingerir mais de 4.500 calorias diárias (o normal para uma pessoa é 2.500), e sempre acompanhado por numerosos e perigosos complementos vitamínicos, hormonais e anabolizantes.
Tudo isso é feito com o propósito de aumentar a massa muscular, mesmo tendo sido alertados quanto aos graves efeitos colaterais desse estilo de vida.


A Vigorexia deve ser considerada um transtorno da linhagem obsessivo-compulsiva, tanto pela obsessão em musculatura, pela compulsão aos exercícios e ingestão de substâncias que aumentam a massa muscular, quanto pela fragrante distorção do esquema corporal.

Todavia, apesar de ser clinicamente característica, a Vigorexia não está ainda incluída nas classificações tradicionais de transtornos mentais (CID.10 e DSM.IV), embora possa ser considerada uma espécie de Dismorfia Corporal, já que também é conhecida com o nome de Dismorfia Muscular.

Personalidade da Vigorexia

Podemos encontrar, entre portadores de Vigorexia, pessoas que só buscam a figura perfeita, influenciadas por modelos culturais atuais, ou esportistas que querem obsessivamente chegar a ser os melhores, exigindo insensatamente de seu organismo até sua meta ser alcançada. Recentemente temos visto também, entre os vigoréxicos, pessoas portadoras de personalidade introvertida, cuja timidez ou retraimento social favorecem uma busca do corpo perfeito como compensação aos sentimentos de inferioridade.

Estas pessoas possuem alguns traços característicos de personalidade, costumam ter baixa autoestima e muitas dificuldades para integrar-se socialmente, costumam ser introvertidas e podem, com freqüência, rejeitar ou aceitar com sofrimento a própria imagem corporal. Em alguns casos, a obsessão com o próprio corpo se parece muito com o mesmo fenômeno observado na anorexia nervosa.

O fisiculturismo é um dos esportes que mais comumente se relaciona com este tipo de transtorno, mas isso não significa que todos fisiculturistas tenham Vigorexia. Os vigoréxicos praticam seus esportes e ginásticas sem levar em conta ou sem se importarem com as condições climáticas, condições físicas limitadoras ou mesmo inadequações circunstanciais do dia-a-dia, chegando a sentirem-se incomodados ou culpados quando não podem realizar essas atividades.

Os critérios de diagnóstico para a Vigorexia ainda não estão claramente estabelecidos por tratar-se de um transtorno tornado freqüente mais recentemente, possivelmente depois da última edição do CID.10 e DSM.IV, portanto, ainda não reconhecido como um uma doença clássica e característica pelas classificações internacionais.

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Conseqüências da Vigorexia

Uma das conseqüências da vigorexia ou overtraining, dizem respeito ao excesso de treinamento e às reações corporais que avisam, por assim dizer, que algo está errado. São reações semelhantes ao estresse tais como: insônia, falta de apetite, irritabilidade, desinteresse sexual, fraqueza, cansaço constante, dificuldade de concentração entre outras.

Além da obsessão com o corpo perfeito, a Vigorexia também produz uma importante mudança nos hábitos e atitudes dos pacientes, notadamente na questão alimentar.
Até a mínima caloria ingerida será contabilizada e medida com máxima atenção, pois a beleza corporal dependerá disso.
A vida do anoréxico gira em torno dos cuidados com seu corpo, sua dieta é minuciosamente regulada, eliminando-se totalmente as gorduras e, ao contrário, consumindo-se excessivamente as proteínas. Esse desequilíbrio alimentar acaba por sobrecarregar o fígado, obrigando-o a desempenhar um trabalho extra.

A Vigorexia causa problemas físicos e estéticos, como por exemplo, a desproporção displásica, também entre o corpo e cabeça, problemas ósseos e articulares devido ao peso excessivo, falta de agilidade e encurtamento de músculos e tendões.

A situação se agrava quando surge o consumo de esteróides e anabolizantes com o fim de conseguir "melhores resultados". O consumo destas sustâncias aumenta o risco de doenças cardiovasculares, lesões hepáticas, disfunções sexuais, diminuição do tamanho dos testículos e maior propensão ao câncer da próstata.

Emocionalmente, segundo estudos de Pope, a Vigorexia pode ter como conseqüência um quadro de Transtorno Obsessivo-conpulsivo, fazendo com que os pacientes se sintam fracassados e abandonem suas atividades sociais, inclusive de trabalho, com o propósito de treinar e exercitar-se sem descanso.

Costuma haver algum grau significativo de comprometimento social e/ou ocupacional nos pacientes portadores de Vigorexia, e sua qualidade de vida pode ser agravada ainda por procedimentos potencialmente iatrogênicos e onerosos, como tratamentos cirúrgicos e dermatológicos desnecessários.

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Sintomas e Patologia da Vigorexia

Psiquiatricamente o quadro mais diretamente associado à Vigorexia é a chamada Dismorfia Muscular (ou Transtorno Dismórfico Muscular), uma patologia psíquica das pessoas excessivamente preocupadas com a própria aparência, constantemente insatisfeitas com seus músculos e continuadamente em obsessiva busca da perfeição.
O sintoma central parece ser uma distorção na percepção do próprio corpo e deste sintoma decorrem os demais, como por exemplo, a obsessão pelos exercícios e dietas especiais. Esse tipo de sintoma básico (percepção distorcida do próprio corpo) também é o sintoma principal dos transtornos alimentares.

Mangweth e cols, compararam 27 homens com diagnóstico de transtorno alimentar (sendo 17 com anorexia nervosa e 10 com bulimia nervosa), com 21 atletas masculinos e 21 homens normais não-atletas, usando um teste computadorizado da imagem do corpo, o
"matrix somatomorphic". Quando era pedido para todos eles escolherem o corpo ideal que gostariam de ter, os homens com transtornos alimentares selecionaram uma imagem com a gordura de corpo muito próxima àquela escolhida pelos homens atletas e do grupo de controle.

Entretanto, havia grande diferença entre esses grupos quanto à percepção da imagem corporal, principalmente no tanto de gordura que a pessoa acredita ter. Os homens com transtornos alimentares se percebiam ser quase duas vezes mais gordos que realmente eram, e as pessoas do grupo controle não mostraram nenhuma tal distorção. Estes resultados foram muito semelhantes aos estudos realizados com mulheres portadoras de anorexia e bulimia, as quais também mostram uma percepção anormal da gordura corporal.

Há, nos vigoréxicos, uma inclinação patológica para o que se considera o protótipo do homem moderno, supostamente (e erroneamente, segundo pesquisa de Pope) desejável pelas mulheres.
Há uma busca obsessiva em se tornar o modelo de homem, com um corpo fibroso, definido, musculoso, e devidamente glorificado pela televisão, pelo cinema, pelas revistas e passarelas de moda.
A Vigorexia representa bem a sociedade onde "uma imagem vale mais que mil palavras", tornando os homens obcecados por seus corpos perfeitos.

A mesma preocupação e distorção com o esquema corporal constatado na Anorexia observa-se na Vigorexia.

Na Anorexia as pacientes - geralmente mulher - acham-se ainda gordas, apensar de notavelmente magras e, na Vigorexia, acham-se fracas, apesar de notavelmente musculosas.

O problema é mais comum ter início na adolescência, período onde, naturalmente, as pessoas tendem a ser insatisfeitas com o próprio corpo e se submetem exageradamente aos ditames da cultura.
Na adolescência existe uma pressão para as meninas se manterem magras e uma cobrança para que os meninos fiquem fortes e musculosos.
A importância da identificação da Vigorexia precocemente, é no sentido de evitar que os adolescentes façam uso de drogas para obter os resultados desejados (ou fantasiados).

A Dismorfia Muscular é uma espécie de subdivisão de um quadro mais abrangente chamado de Transtorno Dismórfico Corporal, definido como uma preocupação com algum defeito imaginário na aparência física numa pessoa com aparência normal A Dismorfia Muscular seria uma alteração na percepção do esquema corporal, específica da estética muscular do corpo e não um defeito na percepção corporal imaginário qualquer.
Os quadros mais comuns no Transtorno Dismórfico envolvem, principalmente, preocupações com defeitos faciais ou outras partes do corpo, cheiro corporal e aspectos da aparência. Quando diz respeito à visão distorcida e irreal da estética muscular falamos em Dismorfia Muscular.

O DSM.IV diz que a característica essencial do Transtorno Dismórfico Corporal (historicamente conhecido como Dismorfofobia) é uma preocupação com um defeito na aparência, sendo este defeito imaginado ou, se uma ligeira anomalia física está realmente presente, a preocupação do indivíduo é acentuadamente excessiva e desproporcional.

A paranóia do espelho

Veja os perigos a que se expõe quem passa dos limites na busca da boa forma




Stefan



Sedentário

Sedentário, eu?
Com a popularização do uso da internet, acrescentou-se um novo fator de risco à saúde dos adolescentes:
o hábito de passar horas no computador, com postura relaxada.
Se não tomar cuidado, o jovem estará plantando aí as sementes das dores do futuro.
Sentar-se de forma incorreta pode causar dores e desvios de coluna, além de tendinite inflamação dos tendões causada principalmente pela utilização repetida do mouse.
Deve-se ainda fazer intervalos a cada quarenta minutos diante do monitor, para evitar problemas como a vista cansada e a miopia.
O computador não é o único vilão nessa história.
Os males do sedentarismo, vale lembrar, começam com a alimentação deficiente.
Por exemplo: ao trocar verduras e derivados de leite pelo apelo dos salgadinhos e hambúrgueres, o adolescente pode prejudicar o desenvolvimento dos ossos.

"A boa nutrição nessa fase da vida ajudará a prevenir doenças como a osteoporose no futuro", diz o reumatologista José Goldenberg, da Universidade Federal de São Paulo.








Você é Sedentário?


Comparando o sedentário com um atleta o sedentário tem os seguintes problemas :

  • Atrofia muscular , inclusive do músculo cardíaco
  • Redução da função das enzimas musculares
  • Redução da capacidade pulmonar
  • Aproveitamento energético deficiente.

Recomendações que valem Ouro


Musculação. Idade para Começar a malhar?

Até alguns anos atrás, o adolescente praticava esporte na rua, na escola, no clube ou na área de lazer do condomínio.
Era crime uma "criança" praticar musculação sob as mais variados pretextos: prejudica o desenvolvimento, perda de massa óssea, não desenvolve estatura total e por aí vai.

A constante influência da mídia e da própria sociedade, que valoriza o corpo perfeito ao invés do corpo saudável, está entre os motivos que leva crianças e adolescentes a aderirem, cada vez mais cedo, à prática da musculação.
É comum ver crianças e adolescentes obcecados por corpos fortes e bonitos sem avaliar as conseqüências da prática da atividade sem acompanhamento de um profissional especializado.


Não há idade certa para aderir à musculação
e, com os cuidados necessários, pode-se iniciar até mesmo na infância, desde que, precedido de avaliação médica, com cardiologista e pediatra, além de um bom acompanhamento de profissional de educação física.
Os benefícios com a prática da musculação são muitos, porém, o treinamento de força não deve enfatizar o levantamento de cargas excessivas, mas sim reforçar a correta realização técnica do movimento.
Dentre os principais benefícios da atividade em crianças e adolescentes estão o aumento da força muscular, potência e resistência muscular localizada e diminuição de lesões nos esportes e nas atividades recreativas.

Estudos científicos apontam também efeitos benéficos na densidade mineral óssea de crianças, evitando o surgimento posterior de doenças, como a osteoporose, por exemplo.
A musculação precoce e mal conduzida pode afetar os joelhos, machucando as cartilagens articulares (condromalácia) e provocar tendinites (inflamações nos tendões) e osteocondrites (arrancamentos parciais de inserção do tendão patelar na tíbia).
Além disso, podem ocorrer ainda, danos como a ruptura do tendão patelar, lesões meniscais e ligamentares na coluna e em outras articulações.
O acompanhamento de um profissional habilitado para a orientação e monitoramento das atividades é fundamental para evitar riscos aliados ao treino sem orientação.

A ciência provou que não bem assim, basta ter bom acompanhamento profissional (médico, professor e outros) e trabalho adequado que é possível praticar a atividade.


Cada vez mais, no entanto, o público dessa faixa etária vem se deixando seduzir pelas academias.
Na vida de muitos meninos e meninas, freqüentar esses lugares virou atividade corriqueira.
Academias já oferecem, inclusive, programas específicos para eles.
Os especialistas julgam que esse cultivo do corpo é positivo, porque se trata de um contraponto a práticas como a alimentação à base de fast food e o hábito de gastar horas diante do computador.

Mas os jovens devem ficar atentos aos riscos a que estão expostos.
Como seu corpo e sua identidade estão em formação, o adolescente é naturalmente inseguro com a aparência.
E a comparação com os físicos malhados ao redor em geral de adultos que já completaram o desenvolvimento do corpo pode aumentar suas angústias.
Os garotos querem ficar tão musculosos quanto os veteranos do local. As garotas almejam ter a silhueta esbelta das mulheres.
Quando viram obsessão, esses desejos prejudicam a saúde, causam transtornos psíquicos e até levam ao caminho das drogas .

Os jovens estão freqüentando a academia cada vez mais cedo. No caso dos garotos, o chamariz é a musculação.
Embora se recomende que esse público dê preferência a esportes como o vôlei e a natação, o exercício de levantar pesos pode ter efeito benéfico, se bem orientado.

O paulistano Neto, de 12 anos: ele faz musculação para melhorar a postura, sob a supervisão de um professor

O estudante paulistano Octacílio Costa Neto, de 12 anos, é um exemplo.
Ele pratica musculação há cinco meses, sob a supervisão de um professor, para corrigir sua postura. "Já sinto a diferença", diz Neto.

Mas a musculação na adolescência deve ser vista com cautela.
Quando observam os mais crescidos pegarem pesado nos halteres, muitos tendem a imitá-los e isso pode ter conseqüências graves.
A prática precoce pode prejudicar o crescimento do adolescente. "Há riscos de lesões e de atrofia dos músculos", diz o professor de educação física Mauro Celio do Carmo, da academia paulistana Fórmula.

Fonte: dr.Joaquim Reichmann/ prof, Mauro Celio do Carmo









sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Agachamento e o Joelho: A polêmica continua.


Agachamento
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O agachamento é um dos exercícios mais completos que podem ser realizados dentro das academias, pois envolve um elevado número de articulações e músculos, consistindo em um excelente meio de fortalecer os músculos da coxa, do quadril e outros inúmeros coadjuvantes que atuam na realização do movimento.
Estes e outros fatores levam treinadores e atletas do mundo todo a se referirem a ele como o "rei dos exercícios".


Além disso, é um exercício extremamente funcional, pois usamos esse tipo de movimento constantemente em nossas atividades diárias como, por exemplo, sentar e levantar de uma cadeira ou pegar um objeto no chão.
Mesmo assim ainda há quem o proíba ou restrinja seu uso sem uma explicação plausível, principalmente limitando sua amplitude em 90° de flexão dos joelhos.

Jamais devemos esquecer que nossas estruturas musculares e articulares adaptam-se de forma extremamente específica aos movimentos, por exemplo, uma pessoa que usa movimentos muito curtos pode se lesionar em um movimento cotidiano pelo simples fato de não treinar um determinado ângulo de movimento necessário nesta atividade do dia a dia.
Neste sentido a limitação da amplitude do agachamento, além de reduzir a eficiência do exercício, pode reduzir a funcionalidade de uma pessoa em seus movimentos cotidianos como, por exemplo, pegar um objeto pesado no chão.
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Joelho

Historicamente, a tentativa de condenar agachamentos foi iniciada com um estudo militar dos anos 60, o qual sugeriu danos as estruturas articulares devido a realização deste exercício.
Porém o estudo tinha pára-quedistas em sua amostra, uma população exposta a lesões nos joelhos devido à suas atividades diárias, o que não foi levado em consideração.

Segundo alguns conceitos, o agachamento profundo é perigoso porque ao flexionar o joelho em ângulos maiores que 90° aumenta-se perigosamente a tensão na patela, de modo que este movimento deveria ser banido.
A maioria dos "especialistas", porém, analisam o agachamento pensando somente no quadríceps e se esquecem que na fase profunda do agachamento os músculos posteriores da coxa são fortemente ativados ajudando a neutralizar a temida tensão exercida na patela.


Já foi afirmado em alguns estudos, que as estimativas de valores altos da "tensão" em ligamentos e ossos verificados nos agachamentos, eram devidos aos modelos biomecânicos que foram utilizados, desta forma deve-se analisar com cautela todas as pesquisas anteriores a 1998 sobre o tema .
Um estudo feito por ISEAR et al em 1997 concluiu que durante o agachamento, os isquiotibiais produzem uma força de vetor direcionado para trás, compensando a atuação do quadríceps, em um processo denominado co-contração, que contribui para estabilizar os joelhos durante o movimento.



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Estruturas do Joelho

Estudos de curto e longo prazo não verificaram frouxidões, instabilidades ou lesões nos joelhos após a realização de um treino de agachamentos (NEITZE et al, 2000; MEYERS, 1971; PANARIELLO et al, 1994).
Dentre os fatores analisados na articulação do joelho podemos ressaltar o ligamento cruzado anterior, ligamento cruzado posterior, a patela e as forças compressivas.









Fibras do ligamento cruzado anterior lesionadas


Ligamento cruzado anterior

Em pesquisa realizada por YACK et al (1993) concluiu-se que o agachamento minimiza a tendência de deslocamento anterior da tíbia, sendo mais indicado, em comparação com a mesa extensora diante de lesões no ligamento cruzado anterior.
Diversos autores também corroboram com essa afirmação, é o caso de um estudo feito por MORE et al (1993) onde se conclui que os isquiostibiais atuam sinergisticame
nte com o ligamento cruzado anterior na estabilização anterior do joelho durante a realização do agachamento, o que leva os autores a considerarem esse exercício útil na reabilitação de lesões no ligamento cruzado anterior.
De acordo com ESCAMILLA (2001) o agachamento produz menor tensão nesta estrutura que atividades consideradas seguras, como a caminhada .

Durante o agachamento, a tensão no ligamento cruzado anterior só é significativa entre 0 e 60° de flexão, sendo que seu pico mal atinge ¼ da capacidade deste ligamento resistir a tensão (+/- 2000 N), mesmo com cargas superiores a 200 quilos (NISSEL & EKHOLM, 1986).

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Ligamento cruzado posterior

Em um estudo feito por MACLEAN et al em 1999, foram analisados dois grupos: um composto por indivíduos sedentários saudáveis e outro por atletas lesionados no ligamento cruzado posterior. O objetivo era verificar se um treino de agachamento era eficaz na melhora da função, ganho de força e sintomatologia (no caso dos indivíduos com lesão). Depois de 12 semanas, observou-se aumento de funcionalidade no grupo lesionado, concluindo que o treinamento de agachamento é viável para reabilitar insuficiências crônicas do ligamento cruzado posterior.

Dificilmente será imposta ao ligamento cruzado posterior uma tensão maior que sua capacidade, tendo em vista que mesmo ao realizarmos agachamentos profundos com mais de 380 quilos, não se chega nem a 50% de sua capacidade de suportar tensão (RACE & AMIS, 1994).

Patela


Em 2000 WITVROUW et al compararam a eficiência dos exercícios de cadeia cinética fechada (agachamento) com os de cadeia cinética aberta (extensora de perna) no tratamento de dores patelofemorais. De acordo com os dados, apesar de ambos os protocolos serem eficientes, os melhores resultados foram proporcionados pelos exercícios de cadeia cinética fechada.

A tração do tendão patelar chega a 6000 em 130° de flexão de joelhos com um agachamento de 250 quilos (NISSEL & EKHOLM, 1986) cerca de 50% do valor máximo estimado para esta estrutura, que varia de 10000 a 15000 N (ESCAMILLA 2001).

Forças compressivas

As forças compressivas chegam próximas a 8000 N durante o agachamento com cargas elevadas (250 a 382,50 kg), sendo praticamente a mesma nos ângulos entre 60 a 130 de flexão de joelhos (NISSEL & EKHOLM, 1986), porém ainda não foi estudado um valor limite para as estruturas resistirem a forças compressivas. Deve-se lembrar, no entanto, que da mesma forma que a compressão excessiva pode ser lesiva para meniscos e cartilagens, elas tem um papel importante na estabilidade dos joelhos (NISSEL & ELKHOLM, 1986; MARKOLF et al, 1981; SHOEMAKER & MARKOLF, 1985; YACK et al, 1994.

ZHENG et al, 1998 verificou um pico de força compressiva patelofemoral no agachamento de cerca de 3134 N, no leg press, 3155 N e na extensão 3285 N, não havendo diferença estatística entre os exercícios. Os autores alertaram que estudos anteriores superestimavam as forças compressivas patelofemorais por não levar em conta a co-ativação dos antagonistas e a curva de comprimento-tensão.

Conclusões

1. As forças tensionais e compressivas desse tipo de exercício estão totalmente dentro de nossas capacidades fisiológicas e articulares. Se durante os treinos forem respeitados os fundamentos científicos que norteiam o treinamento de força com ênfase na técnica perfeita de execução, com certeza as estruturas ósseas e articulares estarão sendo preparadas para isso.

2. Não podemos generalizar e deixar que todos os indivíduos realizem a prática indiscriminada de agachamentos. Em casos de lesões o ideal é fazer um tratamento onde, profissionais de ortopedia e educação física trabalhem juntos analisando cada caso.

1.. Para realizarmos o movimento completo (agachar mais profundo), é inevitável que se use uma menor quantidade de peso (sobrecarga absoluta), sendo assim, por mais que haja maior tensão em estruturas do joelho e coluna para a mesma carga, deve perguntar até que ponto isto é significativo em relação a sobrecarga utilizada e, principalmente, em relação ao trabalho da musculatura da coxa e quadril? Deve-se ter em mente que quando se agacha com amplitude limitada se usa cargas bem mais altas, o que pode levar a um aumento ainda maior das forças tensionais e compressivas.


2.. A amplitude do agachamento é muito importante, pois conforme se aumenta a flexão do joelho ("profundidade") aumentam-se as ações musculares. O que não pode acontecer, é o individuo durante a fase excêntrica (principalmente quando o ângulo começa a ficar menor que 90 graus) deixe o movimento "despencar", pois desta forma as tensões que deveriam estar sobre a musculatura, irão se incidir nas estruturas articulares do joelho (ESCAMILA et al, 2001).


3.. Parece que ângulo de 90 graus, sugerido por diversos autores e treinadores, foi criado pela imaginação destas pessoas, uma vez que grande parte dos estudos e recomendações limitando o movimento se referem ao "agachamento paralelo", realizado até que as coxas fiquem paralelas ao solo, o que gera amplitudes maiores que 90 graus de flexão dos joelhos. Portanto, não se fixe a este ângulo!


4.. Pesquisas mostrando aumento no torque, tensão e força eles não significam que este exercício necessariamente se torna perigoso ao joelho.
Mas sim que esses parâmetros aumentaram, e só.
As análises feitas, com agachamentos profundos, pelo que consta não mostraram nenhum prejuízo para o joelho.
As lesões geralmente são causadas pela combinação de 3 variáveis: excesso de peso, overtraining e técnica inapropriada. Com treinos progressivo e inteligente os agachamentos profundos certamente são seguros e eficientes.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHANDLER TJ, WILSON GD, STONE MH The effect of the squat exercise on knee stability. Med Sci Sports Exerc 1989 Jun;21(3):299-303
ESCAMILLA RF, FLEISIG GS, ZHENG N, BARRENTINE SW, WILK KE, ANDREWS JR Biomechanics of the knee during closed kinetic chain and open kinetic chain exercises. Med Sci Sports Exerc 1998 Apr;30(4):556-69
ESCAMILLA RF. Knee biomechanics of the dynamic squat exercise Med Sci Sports Exerc 2001 Jan; 33(1):127-41
SEAR JA, ERICKSON JC, WORRELL TW. EMG analysis of lower extremity muscle recruitment patterns during an unloaded squat. Med Sci Sports Exerc 1997Apr;29(4):532-9
KLEIN KK. The deep squat exercise as utilizaed in weight training for athletes and its effectos on the ligaments of the knee. JAPMR 15(1):6-11, 1961.
MACLEAN CL, TAUNTON JE, CLEMENT DB, REGAN WD, STANISH WD. Eccentric kinetic chain exercise as a conservative means of functionally rehabilitating chronic isolated insufficiency of the posterior crucia

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Remédio para Emagrecer. Você realmente precisa??

Um comprimido de manhã, outro à noite e a vontade de devorar um pacote inteirinho de biscoito some como num passe de mágica.

A imagem “http://innforma.files.wordpress.com/2008/06/remedios.jpg” contém erros e não pode ser exibida.Tem coisa melhor para quem vive de mal com o espelho?É por isso que os inibidores de apetite são tão tentadores. Mas, antes de apostar nessas pílulas tidas como milagrosas, vale saber os riscos que se corre.Entre eles, há o perigo de engordar os quilos que perdeu e ganhar outros tantos

Quem não tem uma amiga que já tomou remédio para emagrecer, uma conhecida que indicou um médico que receita uma fórmula tiro e queda para perder alguns quilinhos ou, talvez, você mesma já tenha engolido comprimidos para dar um empurrãozinho na dieta.

Segundo um relatório das Nações Unidas (ONU) divulgado recentemente, o Brasil é o país que tem o maior consumo de anfetaminas (substâncias que tiram o apetite) do mundo!

E tem mais: outro estudo, esse do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), mostrou que 92% dos consumidores de medicamentos à base de anfetaminas são, sim, mulheres e que a maior parte delas apelou para esse recurso apesar de estar apenas uns 5 ou 6 quilos acima do peso ideal.
Isso significa que o uso de remédios para emagrecer está associado à questão estética e não à saúde, afirma Elisaldo Carlini, diretor da instituição, que é ligada à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).


Você realmente precisa?

Noradrenalina, esse é o nome da mágica.
Um hormônio que age no centro da fome, lá no cérebro, controlando o apetite.

E as anfetaminas cuidam dessa tarefa, aumentando a quantidade desse hormônio no seu corpo.
Anfepramona, fenproporex e manzidol compõem a família dessa substância química, que ganhou fama por combater a obesidade controlando a gula.

O problema é que junto com um apetite magrinho vem uma lista extensa de reações desagradáveis boca seca, alterações de humor, dor de cabeça, insônia, taquicardia, euforia, falta de ar, hipertensão, irritação, dependência (quanto mais você toma, mais precisa), prisão de ventre, depressão, crises de ansiedade e pânico, como adverte Elisaldo Carlini, do Cebrid.

Pois é, nada inofensivas, as anfetaminas só deveriam ser indicadas para pacientes com índice de massa corpórea (IMC) maior de 30 ou aqueles com IMC entre 26 e 30 com histórico de colesterol alto, pressão alta ou diabetes. Uma garota que mede 1,65 metro e pesa 70 quilos gordinha para entrar numa calça tamanho 40 tem IMC igual a 26.
O remédio é importante para casos em que a saúde pode ficar comprometida por conta do excesso de peso, ressalta Claudia Cozer, endocrinologista da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), em São Paulo.
Pense bem se vale a pena se seu problema não passa de 10 quilos.

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Emagrece, sim; mas você pode engordar de novo Mau hálito, tremedeira, insônia, além dos efeitos citados acima você arriscaria passar por tudo isso em troca de um corpo enxuto?

Se esses argumentos não convencem, anote aí mais um: ao parar de ingerir as pílulas, grande parte das garotas que escolheram o caminho dos remédios recuperou os quilos perdidos.
E não é só isso, o ponteiro da balança subiu mais do que antes.

Confiar a sua transformação a um medicamento quase sempre acaba em frustração.
Quem recorre aos remédios sem mudar seu estilo de vida, ou seja, adotar uma alimentação equilibrada e dar um basta no sedentarismo, fica à mercê do efeito sanfona, pior, do efeito espiral, já que o ganho de peso é ainda maior, adverte Henrique Suplicy, presidente da Abeso.

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Táki Cordás, psiquiatra do Ambulatório de Anorexia e Bulimia do Hospital das Clínicas, também em São Paulo, explica: Quando você suspende a droga, o apetite aumenta.
Sem falar que o emagrece-e-engorda não rende apenas estrias e flacidez na pele, mas pode provocar também problemas para o seu coração.
As grandes oscilações no peso são mais nocivas à saúde do que um pequeno excesso de gordura, avisa Alfredo Halpern, do Ambulatório da Síndrome Metabólica e Diabetes do Hospital da Clínicas de São Paulo.

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Sejamos francos: colocar todas as suas esperanças de conquistar um contorno mais sexy nessas pílulas é plantar seu próprio desapontamento.
A magia pode durar pouco.
E, normalmente, quem opta por esse caminho sai enfraquecida, com a auto-estima abalada para encarar mais uma vez o difícil processo de emagrecimento (isso ninguém quer, niguém merece!).
A gente aposta que estas três atitudes acreditar em você mesma, comer direito e malhar continuam sendo a melhor saída para o seu visual e para a sua saúde.

O que tem nas farmácias


ANFETAMINAS
Essa família inclui três principais substâncias vendidas por vários laboratórios farmacêuticos: anfepramona (Hipofagim, Inibex e Dualid), fenproporex (DesobesiM, Inobesin, Lipomax) e mazindol (AbstenPlus, Diazinil, Dobesix). Agem no centro da fome, controlando o apetite, e são indicadas para obesos que não conseguiram emagrecer com dieta e exercício. A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), que aprova e veta os medicamentos, considera os derivados de anfetamina uma opção terapêutica apenas mediante acompanhamento médico constante.


SIBUTRAMINA
Considerada mais moderna que a anfetamina, a sibutramina aumenta a saciedade, ou seja, você se satisfaz com menos comida. Funciona como se acionasse um botão no cérebro para reduzir a compulsão alimentar. Também produz alguns efeitos colaterais dor de cabeça, insônia, boca seca, agitação. Nas farmácias, Reductil e Plenty são os dois nomes mais conhecidos.


ORLISTAT
Diferentemente dos dois citados acima, essa substância não age no sistema nervoso e sim no intestino, fazendo com que o organismo absorva apenas 30% das gorduras ingeridas. Comercializado pelo nome Xenical, sua vantagem é não causar dependência. Entretanto, pode provocar crises de diarréia se a pessoa consumir grande volume de alimentos gordurosos. É indicado para mulheres que não podem usar os inibidores de apetite por algum motivo de saúde ou que não sofrem para controlar a vontade de comer.




fórmulas manipuladas: receita perigosa Elas são as mais procuradas por quem quer se livrar rapidamente dos quilos extras. Você pede ao doutor, ele prescreve uma receita para emagrecer e pronto não demora mais de 15 minutos e está resolvido. Trata-se de um pacto entre médico e paciente. Ele dá o remédio sem pedir nenhum exame e ela, em contrapartida, não se queixa dos efeitos colaterais, alerta Elisaldo Carlini, diretor do Cebrid.


Assim como os comprados em farmácias, os medicamentos manipulados têm, sim, o seu valor quando bem indicados e tomados sob constante supervisão do médico.
O perigo das fórmulas emagrecedoras está em associar a anfetamina a qualquer outra substância uma prática condenada pelo Conselho Federal de Medicina.

Mais grave ainda quando o próprio médico vende o remédio no consultório.
É comum colocar no mesmo comprimido laxante, diurético, ansiolítico e hormônios da tiróide um coquetel extremamente perigoso para a saúde, censura Elisaldo Carlini.
As fórmulas prontas são uma charlatanice.
Dão a impressão que emagrecem por causa do laxante e do diurético.

Mas você perde água, desidrata, só que não queima um único grama de gordura.
E ainda se arrisca a ter uma disfunção na tiróide, conclui Alfredo Halpern.

As brasileiras são adeptas do remédio

A pesquisa realizada pelo Cebrid, em São Paulo e Brasília, em 2002, revelou que:


  • 50% usam fórmula manipulada à base de derivados de anfetaminas com mais de quatro substâncias associadas prática condenada pelo Conselho Federal de Medicina
  • 60% tinham IMC menor que 30, classificação para sobrepeso e não obesidade
  • 69,6% das paulistas tomaram o remédio por mais de três meses (mais que o tempo recomendado pelos médicos)
  • 72% das entrevistadas já tinham se submetido a outros tratamentos à base de medicamentos
  • 97,5% contaram que tiveram vários efeitos colaterais

Qual seu objetivo com a prática da musculação?